Parecem-me estrangeiros
todos os barcos
que caminham
na tua rua de seixos
escombros e frinchas de costelas
até os olhos que passam
a arder nas velas
deste mar
Todos me parecem estrangeiros
menos tu menino
com uma pedra na mão
a projetar-se no bico das estrelas
Parece-me estrangeira
a tua rua acidental
calçada de velho
quase um vaso de barro
onde à noite vêm mijar
cães vadios
Menos tu menino
que respiras por guelras
Eufrázio Filipe
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
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